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22 março, 2024

SCANIA

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Scania: das bicicletas aos motores clássicos para caminhões; relembre a história

A trajetória da Scania culminou em uma das marcas mais prestigiadas do mundo. A boa fama do trem-de-força é fruto de desejo dos caminhoneiros

Scania: das bicicletas aos motores exclusivos V8 para caminhões

Scania é a derivação latina do nome da região de Skåne, no sul da Suécia. Nesta região, na cidade de Malmö, nasceu, em 1891, a primeira fábrica da montadora. Até então, a empresa produzia bicicletas. Contudo, com o decorrer dos anos, a Scania se tornou produtora de automóveis. Assim, atraiu outras empresas que queriam crescer no ramo. Pois, precisamente em 1911, a Scania se funde a Vabis (Vagnfabriks Aktie Bolaget in Södertälje), uma produtora de vagões ferroviários que também havia fabricado o seu primeiro automóvel de dois cilindros. Dessa forma, surge a Scania-Vabis.

De início, a fusão se concentrou em uma fábrica na cidade de Södertälje, onde é a sede da empresa até hoje. Seja como for, mais tarde, nos anos 1960, a Scania se juntou com a Saab (Svenka Aeroplan Aktiebolaget), fabricante de aviões desde 1937. Mas também fabricava automóveis e computadores.

Contudo, com a união, os veículos da marca ganharam "mais inteligência" e sofisticação. Além disso, ganharam o nome Saab. Assim, em 1968 nasce a Saab-Scania. Negócio que rendeu até o ano de 1989, quando as empresas se separam, e a Saab Automobile se tornou independente. Também neste ano, a Scania começa a se dedicar 100% à produção de caminhões, ônibus e motores comerciais.

Scania chega ao Brasil em 1957

Foto aérea da fábrica da Scania em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista; fotos: Scania

No Brasil, a Scania chega em 1957. Porém, os estudos de viabilizar a empresa no País começaram muito antes. Afinal, a marca já exportava 43,7% de sua produção para todo o mundo. Todavia, em 1948, os primeiros ônibus da marca começam a aterrissar por aqui, por meio de importação.

Mas, quando chega ao País, a Scania se firma no bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde fez parceria com a Vemag, que também produzia automóveis. Mas importava também os caminhões Scania desde 1951 para suas operações.

Seja como for, quando a Scania se estabelece no País para a montagem dos primeiros veículos, logo encara o primeiro desafio. Recrutar e preparar colaboradores para montar caminhões e ônibus. Nesse sentido, a Vemag já encarava o mesmo problema em sua fábrica de automóveis.

Assim, para resolver o problema as marcas se uniram a outros fabricantes presentes no País, como Ford e GM. Assim, mantinham o rodízio entre os poucos bons profissionais da época. Paralelamente, as marcas começaram a preparar mais mão-de-obra.

L75 o primeiro Scania brasileiro

Primeiros caminhões da gama L75 vendidos no Brasil; fotos: Scania

Seja como for, o primeiro caminhão saído da planta do Ipiranga foi o L75 em 1958. Construído na linha da Vemag, o motor era importado da Suécia. Porém, 35% das peças utilizadas eram nacionais.

Contudo, em 1959 é inaugurada a Scania-Vabis do Brasil. A primeira da marca fora da Suécia. A fábrica de motores estreou com a produção do D-10. Ou seja, um motor de 10,2 litros, de quatro tempos, com injeção direta de 165 cv a 2.200 rpm.

Nos anos de 1960, a Scania herda da Vemag uma rede com 160 concessionárias distribuídas por todo o País. Todavia, devido aos problemas de desorganização, a rede cai para 32 casas. E em 1961, a Scania começa as obras de construção da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A inauguração da planta ocorreu um ano depois. E a Scania está sediada lá até hoje. Do mesmo modo, como a única fábrica da Scania fora da Suécia.

Todavia, vale lembrar que a Scania está construindo uma fábrica na China. A nova unidade fabril é fruto de investimentos de € 2,5 bilhões.  Conforme o Estradão revelou, quando estiver em plena operação, em 2025, poderá fazer 50 mil veículos por ano.

O grifo

O primeiro símbolo do grifo apresentado pela marca; fotos: Scania

O logotipo da Scania já passou por diversas modificações a fim de se adaptar ao gosto de cada época. Apesar das mudanças, o grifo é um mitológico. Ou seja, metade águia e metade leão. Seja como for, o símbolo mantém-se firme ao centro da marca Scania há mais de um século.

A Scania adotou esse símbolo baseado no brasão da província de Skåne, que havia sido inspirado no brasão que Erik da Pomerânia, rei da Noruega, Dinamarca e Suécia. Trata-se de um símbolo de força, vigilância e coragem em diversas mitologias. E seus primeiros registros datam de 3.000 a.C.

Trem-de-força de respeito

Todavia, como fabricante de caminhões, ônibus e motores, a marca sempre buscou a excelência. Seja em termos de robustez, bem como economia de diesel. Esta última, lhe rende boa fama no mercado. Seus motores são conhecidos pela força, em baixa rotação.

Nos últimos anos, o Grupo Traton, controla as marcas Scania, Volkswagen Caminhões e Ônibus, MAN, Navistar e RIO. A união trouxe benefícios às empresas. Afinal, a operação também é pautada no compartilhamento de projetos, desenvolvimento de novos veículos, etc. Nesse sentido, o caminhão International da Navistar foi apresentado nos Estados Unidos, com motor e caixa Scania desenvolvido por meio da plataforma S13.

 

Veja a notícia completa no site da Estradão.

Por: estradao.estadao.com.br em Notícias Amalcaburio

 

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