A Proteste, associação de defesa do consumidor, lançou a campanha Carro sob Controle com a meta de tornar o controle eletrônico de estabilidade (ESC) obrigatório nos carros brasileiros. O sistema recupera a trajetória do veículo em caso de desestabilização por falta de aderência. A entidade pretende coletar assinaturas de apoio à ação em seu site (veja
aqui) e, com isso em mãos, pressionar o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) a tornar o dispositivo compulsório a partir do segundo semestre de 2017.
Como argumento para a obrigatoriedade do ESC, a Proteste destaca as conclusões de teste realizado com piloto profissional no comando de um automóvel que precisava fazer desvio de emergência com o carro a 70 km/h. Na avaliação do veículo sem o controle eletrônico de estabilidade, o motorista fez grande esforço para evitar que o carro capotasse. Segundo a associação, se não fosse condutor profissional ele teria perdido o controle. A entidade constatou melhora clara da segurança quando testado o automóvel equipado com ESC. Segundo a Proteste, o veículo fez o mesmo desvio sem qualquer derrapagem.
“O resultado comprova que é importante o Denatran se sensibilizar”, destaca a Proteste em comunicado. A organização pede que o dispositivo deixe de ser atrelado a pacotes de luxo e conforto, como acontece hoje, para se tornar presente em todos os carros, assim como aconteceu com os freios ABS e com o airbag duplo frontal.
Ainda que o Denatran não torne o ESC compulsório, o primeiro passo para aumentar a presença do sistema nos veículos nacionais já foi dado. O Latin NCAP, programa de avaliação de carros novos, já anunciou que, a partir de janeiro de 2016, apenas os modelos equipados com a tecnologia poderão receber cinco estrelas, a nota máxima em segurança nos testes de impacto do programa (leia
aqui).
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