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25 fevereiro, 2015

Em Betim, Fiat para por falta de autopeças

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Pelo segundo dia consecutivo, os quase 6 mil trabalhadores do primeiro e segundo turnos da fábrica da Fiat em Betim (MG) foram dispensados do trabalho na terça-feira, 24, por falta de abastecimento de autopeças. Os componentes não estão chegando às linhas de montagem devido a paralisação de caminhoneiros, que desde a segunda-feira, 23, bloqueiam diversas rodovias federais pelo País, incluindo parte da Fernão Dias (BR-381) onde está localizada o complexo industrial da montadora e a principal ligação entre São Paulo e Belo Horizonte.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, a planta produz aproximadamente 3 mil carros por dia. Considerando a paralisação dos dois turnos, a estimativa é de que pelo menos 2 mil veículos deixaram de ser produzidos em cada um dos dois dias. 

Ainda segundo o sindicato, a Fiat informou que está monitorando o protesto, na expectativa de que a situação se normalize para decidir quando os trabalhadores devem retomar às suas funções. Os metalúrgicos do terceiro turno estão mobilizados para trabalhar na terça-feira, caso a situação das rodovias melhorem até o início do turno, às 23 horas, mas a empresa não descarta ter que dispensar todos os empregados novamente na quarta-feira, 25. 

De acordo com a Polícia Federal, o protesto dos caminhoneiros em rodovias já atinge 11 estados brasileiros, incluindo São Paulo, onde a interdição chegou nesta terça-feira ao viaduto que dá acesso ao Porto de Santos. Rodovias de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul estão parcialmente ou totalmente bloqueadas, sendo que Mato Grosso, Santa Catarina e o Paraná são os estados que apresentam o maior número de interdições. O protesto é contra o aumento do preço do diesel e o baixo valor dos fretes nas viagens.

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